Desde a infância, nos acostumamos a conviver com alguns tipos mais comuns de disfunções oculares. Afinal, em que sala de aula não havia ao menos um coleguinha que precisava usar óculos para enxergar no quadro negro? de fato, as ametropias – “presença de grau nos olhos” – estão bastante presentes no nosso dia a dia, seja na escola, no trabalho, na família e em praticamente todos os outros círculos de convivência.

A miopia ocorre, de forma simplificada,  devido ao olho ser mais longo do que o normal, fazendo com que o foco dos raios de luz fique antes da retina, causando uma visão “borrada” principalmente para longe. 

Hoje em dia podemos dizer que temos uma “epidemia” de miopia, causada principalmente pelo abuso de telas e falta de atividades ao ar livre e que usem a visão de longe por parte das crianças.

Uma vez iniciada na infância, a tendência da miopia é só aumentar, o que pode levar a graves consequências na vida adulta, como descolamento de retina ou glaucoma.

Já a hipermetropia tem causa oposta à da miopia – ou seja, ocorre quando o olho é mais curto do que o normal. Tal característica faz com que o foco de luz incida atrás da retina. 

No astigmatismo ocorre uma irregularidade na curvatura da córnea, impedindo que a luz chegue ao ponto certo da retina. As imagens ficam sem nitidez. Esse quadro também pode ocasionar dores de cabeça por excesso de esforço ocular. O astigmatismo pode ocorrer associado  à  miopia ou à hipermetropia.

Finalmente, temos a presbiopia, mais conhecida por “vista cansada” – que, em geral, começa a partir dos 40 anos de idade e vai progredindo até por volta dos 60 anos. Na presbiopia vamos perdendo gradualmente a capacidade para focalizar de perto. É um processo natural que acompanha o envelhecimento dos olhos.

Vale ressaltar que o tratamento das ametropias aqui descritas se faz pelo uso de óculos, de lentes de contato, ou por cirurgia refrativa.